sexta-feira, 26 de maio de 2017

BIOGRAFIAS FADISTAS





ESMERALDA AMOEDO

Esmeralda Amoedo, sentiu cedo a vocação para cantar, punha-se ao pé da telefonia a ouvir Fados e a cantar, mas a sua mãe, modista de profissão, não queria que ela cantasse. Contudo a vontade era maior, e incentivada pela vizinhança, Esmeralda recebeu um "xailinho" e todas as tardes animava as redondezas cantando alguns dos Fados que aprendia pela rádio. Um dia, o pai levou-a a uma festa na "Casa Apolo", uma sociedade recreativa, onde foi incentivada por dois guitarristas a cantar. Interpretou o "Fado Manuel Santos" e o "Fado Santa Luzia", dois dos muitos que sabia de cor, e desde então não mais parou.
Aos 14 anos era já uma amadora de renome, facto que a levou a concorrer e a ganhar um lugar nos Serões para Trabalhadores, na Emissora Nacional, depois de ultrapassadas algumas provas - de microfone e de gravação. Foi por esta altura que por sua iniciativa teve algumas de lições de canto com o Prof. Mota Pereira.
No seu percurso artístico Esmeralda Amoedo apresenta-se em praticamente todas as colectividades, sociedades recreativas e festas de beneficência de Lisboa e arredores e concorre a um concurso de Fados organizado pelo jornal "Ecos de Portugal".
Vence a primeira Grande Noite do Fado, organizada pela Casa da Imprensa, corria o ano de 1953, representando o bairro lisboeta de Campo de Ourique.
Colaborou no Grande Concurso de Fados em 1957, organizado pelo jornal "A Voz de Portugal".
Simultaneamente à ascensão de sua carreira, surge a oportunidade de cantar e percorrer todo o país, nomeadamente em Casinos. Estreia-se no Teatro ABC, com Ivone Silva e figurou nos principais palcos de teatro de revista, facto que vai conjugando com apresentações nas diversas casas de Fado de Lisboa e sociedades recreativas.
A primeira casa de Fado onde actua é no "Solar da Hermínia", na "Viela" e passa pela "Tágide" "Adega Machado", "Luso", "Adega Mesquita", "Toca", "Mal Cozinhado", e principais casinos do país, destacando-se o Casino da Madeira.
Uma das viagens da sua vida é a que levou ao Canadá, como artista convidada, para participar nas Festas do Senhor Santo Cristo. Outras viagens aconteceram, sendo de referir as deslocações a Austrália, Canadá, França, Bélgica, Holanda, Suiça, Alemanha.
Vence o "Microfone de Ouro" atribuído pelo Rádio Clube Português.
Comemora 50 anos de carreira em 2003, recebendo o Prémio Carreira, entregue no decorrer do Concurso da Grande Noite de Fado, no Teatro de São Luiz.
Em 2004 é lançado pela Metrosom o CD "Fado no S. Luiz" onde Esmeralda Amoedo revisita os seus maiores êxitos, como "Açores - nove lágrimas" letra de sua autoria.

Fonte: Museu do Fado - Actualizado a 28 de Setembro/2007

AUTORES DO FADO










sábado, 20 de maio de 2017

BIOGRAFIAS FADISTAS




ERCÍLIA COSTA

Ercília Costa nasceu na Costa da Caparica a 3 de Agosto de 1902. Quando tinha apenas 3 anos a sua família mudou a residência para a Rua Maria Pia, facto que resultou no grande carinho pelo bairro de Alcântara que a fadista afirmou durante toda a sua vida.
Para ajudar na subsistência familiar iniciou a profissão de ajudante de costureira, mas cedo a trocou por uma carreira artística, começando pelo teatro de revista, onde se apresentou ao lado de grandes vedetas como Luísa Satanella ou Beatriz Costa, mas realce-se que registou os seus maiores êxitos e consequente popularidade, na interpretação do Fado.
A entrada de Ercília Costa na vida artística resulta do gosto que desde muito nova tinha em cantar. Ainda adolescente apresentou-se numa audição, em resposta a um anúncio, para integrar o elenco de uma récita a realizar no Teatro São Carlos. Apesar de ter sido uma das seleccionadas o projecto acabou por ser cancelado, mas a qualidade da sua interpretação ficou na memória do actor Eugénio Salvador, que lhe fez um convite para a Companhia do Teatro Maria Vitória.
Já o seu início de carreira como cantadeira de Fado deu-se no ano de 1927, no Teatro da Trindade, onde fez um dueto com Alberto Reis mas, como revelou Ercília Costa ao jornal “Trovas de Portugal”: “Antes mesmo de cantar o Fado já eu cantava em teatro... Na Companhia Almeida Cruz andei três meses pela província contratada como corista.” (cf. “Trovas de Portugal”, 24 de Junho de 1933)
Em 1930 a fadista vence o 1º prémio de cantadeira, no Concurso de Fados do “Sul América”, uma organização do jornal “Guitarra de Portugal”. O intérprete masculino vencedor foi Alfredo Marceneiro, com quem integra, pouco tempo depois, a “Troupe Guitarra de Portugal”, um conjunto de fadistas e instrumentistas que se disponibilizam para digressões pelo país. A este grupo pertenciam, para além dos já mencionados Ercília Costa e Alfredo Marceneiro, os cantadores Rosa Costa e Alberto Costa, e os instrumentistas João Fernandes e Santos Moreira.
Ao longo da década de 1930 Ercília Costa, a exemplo do que já vinha acontecendo com Adelina Fernandes, fará parte das fadistas convidadas a apresentar-se regularmente na interpretação do Fado no Teatro de Revista, substituindo as intervenções de actores no Fado e criando assim um espaço próprio de apresentação dos profissionais do Fado, que será seguido por grandes nomes como Berta Cardoso ou Hermínia Silva.
Destacam-se na sua ligação ao Teatro de Revista as peças “Feira da Luz”, levada à cena em 1930 no Teatro da Trindade; “O Canto da Cigarra”, apresentada, no ano seguinte, no Teatro Variedades, onde Ercília Costa fez um grande sucesso com o tema “Fado Lisboa”, de autoria de Álvaro Leal e Raul Ferrão; ou, ainda, “Fogo de Vistas”, em 1933, no Teatro Avenida; “Fim do Mundo”, em cena no Coliseu dos Recreios, em 1934; e “A Boca do Inferno”, apresentada em 1937 no Teatro Apolo.
A fadista fez, também, algumas aparições no grande ecrã, nos filmes “Amor de Mãe”, realizado por Carlos Ferreira em 1932, “Amargura”, “Lisboa 1938” e, por último, na longa metragem “Madragoa”, onde interpretava o papel de mãe do protagonista, personagem a cargo de Carlos José Teixeira. Nesta película de Perdigão Queiroga, estreada em Janeiro de 1952, participavam, ainda, Estêvão Amarante, Helga Liné, Silva Araújo, Costinha e a fadista Deolinda Rodrigues.
Ercília Costa exibiu-se ao vivo na rádio, nas emissões da primeira estação de Portugal, a Chiado CT1AA, e em retiros e casas típicas, como o Ferro de Engomar ou o Solar da Alegria, mas cedo teve oportunidade de realizar longas digressões de espectáculos, em Portugal e no estrangeiro.
Assim, logo em 1932, acompanhada por João da Mata, Armandinho e Martinho d’ Assunção, faz espectáculos na Madeira e nos Açores e, em 1936 faz a sua primeira saída do país, para apresentações no Brasil, iniciando uma série de deslocações de longa duração que a tornarão na primeira fadista a internacionalizar-se junto das comunidades emigrantes.
Na sua primeira ida ao Brasil fazia parte da Companhia de Vasco Santana e Mirita Casimiro, mas o seu sucesso foi de tal forma estrondoso que acabou por permanecer uma longa temporada nesse país, regressando apenas no ano seguinte, em 1937, altura em que Lisboa lhe realizou duas festas de homenagem, uma no salão de chá do Café Chave d’ Ouro e outra no Retiro da Severa.
Ainda nesse mesmo ano de 1937, Ercília Costa vai a Paris, para fazer espectáculos na sala Comédie Française nos Campos Elíseos de Paris. Em 1939 desloca-se, a convite do Secretariado de Propaganda de Portugal, aos Estados Unidos, para fazer um espectáculo no Pavilhão Português da Feira Internacional de Nova Iorque, acompanhada por Carlos Ramos.
A esta actuação na grande exposição de Nova Iorque seguem-se dez meses de actuações por inúmeras cidades dos Estados Unidos, apresentando-se a fadista com grande êxito na Califórnia, onde actua em Los Angeles e em Hollywood.
Em 1945 faz a sua terceira digressão para actuações no Brasil, a qual dura quinze meses, e passa por espectáculos em teatros, cinemas e actuações na rádio. Nesta temporada Ercília Costa é integrada, como única artista portuguesa, na Companhia de Alda Garrido.
Muitas vezes apelidada de ”Santa do Fado”, por colocar as mãos em posição de oração, Ercília Costa é hoje pouco recordada, fruto possivelmente da falta de reedição em formato CD das muitas gravações que fez, por estas serem datadas da primeira metade do século XX. Neste formato encontra-se apenas disponível uma recolha das suas gravações com Armandinho, editada em 1995 na colecção “Arquivos do Fado” da Tradisom.
As suas primeiras gravações discográficas datam de 1929, altura em que se deslocou a Madrid para gravar para a Odeon, integrando uma comitiva constituída por Berta Cardoso, Joaquim Campos e Cecília de Almeida, sendo todos os fadistas acompanhados pela guitarra portuguesa às mãos de Armandinho e pela viola de Georgino de Sousa. Posteriormente terá também edições discográficas em Portugal, bem como no Brasil e nos Estados Unidos. O seu último registo discográfico, o LP “Museu do Fado” data de 1972.
Ercília Costa popularizou inúmeros temas como: “Amor de Mãe”, “O Meu Filho”, “Fado Tango”, “Fado Aida”, “Fado Ercília”, “Juro” ou “Fado da Amargura”, sendo também compositora de alguns dos seus maiores êxitos, caso de “Fado da Mocidade” e de “O Filho Ceguinho”, este último vulgarizado no meio fadista como o “Menor da Ercília”.
A fadista resolveu dedicar-se inteiramente ao seu casamento e, sem despedidas, retirou-se totalmente da vida artística em 1954. Ercília Costa não fez mais espectáculos ao vivo até à data da sua morte, em 1985.

Fonte: Museu do Fado - Última actualização: Abril/2008

AUTORES DO FADO

 






sexta-feira, 12 de maio de 2017

BIOGRAFIAS FADISTAS





DEOLINDA RODRIGUES

Deolinda Rodrigues nasceu em Lisboa, no antigo Convento de Telheiras, no dia 30 de Dezembro de 1924, mas prefere comemorar o seu aniversário a 1 de Janeiro de cada ano.
Com apenas 8 anos, Deolinda Rodrigues cantava por brincadeira na Sociedade Recreativa da União Familiar de Telheiras. A fadista considera que o grande impulso para a sua carreira profissional se deu com a classificação em segundo lugar num concurso de fados, o "Concurso da Primavera", organizado pelo jornal "Diário Popular", onde se apresentavam artistas amadores e profissionais.
A sua estreia artística realiza-se por intermédio do empresário José Miguel e é noticiada no jornal Canção do Sul, onde se lê:” amadrinhada por Maria do Carmo Torres, estreou-se no passado dia 6, no Retiro dos Marialvas, a novel cantadeira Deolinda Rodrigues que foi muito bem recebida pela numerosa assistência.” (cf. “Canção do Sul”, 1 de Novembro de 1944, p.16). A partir deste momento, Deolinda Rodrigues apresentar-se-á como profissional em vários espaços de fado como o Baía, o Vera Cruz, o Café Mondego, o Café Latino ou a Urca (na Feira Popular), entre muitos outros.
Em 1947 Deolinda Rodrigues é convidada para o teatro e estreia-se na revista “Cartaz da Mouraria”, ao lado de Hermínia Silva, no Teatro Apolo, onde interpreta o tema “Severa, de autoria de Fernando Santos e Raul Ferrão. Nesse mesmo ano o jornal Canção do Sul apresenta-a na capa da edição de 16 de Março onde, sob o título “Flor de harmonia do fado” lhe tecem os mais rasgados elogios: “Os que gostam do fado sabem que a Deolinda o canta, como ele deve ser cantado: com sentimento, melodia e expressão. Na alma desta rapariga, modesta e despretensiosa, a balada fadista é flor singela a desfolhar-se em pétalas de poesia…” (cf. “Canção do Sul”, 16 de Março de 1947, p.3).
A ligação da fadista ao teatro de revista prolongar-se-á com grande sucesso e subirá a palco para operetas e revistas como o “Passarinho da Ribeira” (1947), “Fogo de Vistas”, levada à cena no Teatro Maria Vitória (1950, “Já Vais Aí” (1956), “Lisboa em Festa” (1958), “Vamos à Lua”, “Viro Disco”, “Arraial de Lisboa” (1959) e “Sopa no Mel” (1965).
Incentivada pelo cantor José António propõem-se a exames para a Emissora Nacional, sendo o Maestro Nóbrega e Sousa um dos membros do júri que a aprova. Deolinda Rodrigues passa a ter um programa semanal na rádio.
Segundo nos revelou em entrevista, Deolinda Rodrigues terá sido a partir da audição de um dos seus programas de rádio, pelo realizador Henrique Campos, que surgiu o interesse na fadista para as filmagens de um novo filme. Deolinda Rodrigues aparecerá, assim, nos ecrãs de cinema em 1950 contracenando ao lado de Alberto Ribeiro no popular filme “Cantiga da Rua”, realizado por Henrique Campos. Após esta estreia de sucesso, Deolinda regressará ao cinema, em 1952, no filme "Madragoa", de Perdigão Queiroga e em 1956, sob a direcção de Artur Duarte, no filme "O Noivo das Caldas". Considerados “o par romântico do cinema e do teatro”, Deolinda Rodrigues e Alberto Ribeiro protagonizariam umas das duplas de maior sucesso na década de 50.
Após o seu casamento e o nascimento da filha, na década de 50, Deolinda Rodrigues decide afastar-se da carreira artística durante cerca de dois anos. Voltaria a retomar a sua actividade com a participação em cinema, rádio, programas televisivos e o convite para digressões nacionais e internacionais.
Deolinda Rodrigues faz digressões ao Brasil e África, aos Estados Unidos da América e Canadá, com Rui Mascarenhas e, em 1965, volta a deslocar-se para espectáculos em África, Venezuela e Brasil.
A película “Passarinho da Ribeira” (1960) de Augusto Fraga voltaria a revelar Deolinda Rodrigues como protagonista de cinema e as casas de fado continuam a marcar presença no seu percurso artístico, com destaque para o Faia, a Tipóia, onde integrou o elenco durante 12 anos e o Painel do Fado, onde se apresentou durante 15 anos.
Na década de 80 estreia-se na produção televisiva nacional “Um Solar Alfacinha” (1989) a que se segue a participação na telenovela “Vidas de Sal” (1996). E, mais recente mente, entre Junho e Novembro de 2004, participou assiduamente no programa de televisão "Portugal no Coração".
A 2 de Outubro de 2004, a Associação das Colectividades do Concelho de Lisboa homenageou-a pelos seus 60 anos de carreia e, a 12 de Março de 2005, a Câmara Municipal de Lisboa assinalou estas décadas dedicadas ao fado com a realização de um espectáculo no Fórum Lisboa, onde Deolinda foi acarinhada com a presença de amigos como Anita Guerreiro, Maria Valejo, Marina Mota e Natércia Maria, entre muitos outros.
Em 2007 foi-lhe atribuída pela Câmara Municipal de Lisboa a Medalha Municipal de Mérito, Grau Prata, destacando Deolinda Rodrigues como “um nome incontornável da canção nacional na primeira metade do século XX".
(Deolinda Rodrigues faleceu em 10 de Outubro de 2015)

Fonte: Museu do Fado - Última actualização: Janeiro/2016

AUTORES DO FADO










sábado, 6 de maio de 2017

BIOGRAFIAS FADISTAS






CIDÁLIA MOREIRA

Cidália do Carmo Moreira nasceu no Algarve, na cidade de Olhão. A sua infância é preenchida por música e dança, e embora tenha perdido a mãe muito nova é por sua influência que ganha o gosto por estas representações.
Aos 17 anos de idade vem sozinha para Lisboa na perspectiva de concretizar um dos sonhos da sua vida, dando começo a uma carreira artística. Após ultrapassar um período mais delicado na sua vida, Cidália Moreira estreia-se na casa típica A Viela, ao que se segue mais tarde a sua presença no elenco do Restaurante Luso.
Cidália Moreira, muitas vezes apelidada de “A Cigana do Fado”, tem percorrido todo um caminho pautado pelo sucesso. Com inúmeras gravações em formato EP, LP e CD, revisita autores consagrados, casos de Frederico Valério em “Primeiro Amor” (Frederico Valério/Nelson de Barros), Martinho d´Assunção em “Balada Para Uma Velhinha” (Martinho d´Assunção / Ary dos Santos), e Moniz Pereira em “Valeu a Pena”.
É digno de registo, a participação de Cidália Moreira em vários elencos do Teatro de Revista, particularmente na década de 70, com destaque para as produções, “Até Parece Mentira” (1974) e “Alto e Pára o Baile” (1977), entre muitas outras. São também incontáveis os programas televisivos em que Cidália Moreira actuou.
Em todos os momentos de actuação Cidália Moreira revela-se uma artista singular, com um estilo de interpretação único, pautado pela garra que sempre a caracterizou. Nos palcos das principais cidades de todo o mundo, estabelece um forte elo comunicativo com as comunidades portuguesas aí residentes.
Para celebrar o primeiro aniversário do Museu do Fado, em 25 de Setembro de 1999, Cidália Moreira juntou-se a inúmeros artistas para um espectáculo de fado que decorreu no Largo do Chafariz de Dentro.
No decorrer das “Festas de Lisboa 2004”, nomeadamente no programa da “Festa do Fado”, Cidália Moreira integrou o espectáculo temático intitulado “As Grandes Testemunhas”, ao lado de Beatriz da Conceição, João Ferreira -Rosa e Vicente da Câmara, e que teve lugar no Grande Auditório do CCB, em 11 de Junho de 2004.
Nunca se afastando dos grandes palcos e numa constante procura de renovação artística, em 11 de Novembro de 2006, Cidália Moreira juntou-se ao elenco do espectáculo de Fado e Flamengo “Tablado do Fado”, da Companhia de Dança Amalgama. Nesta iniciativa única, exalta-se toda a emoção das duas artes que se “fundem num cenário intimista.”.  Em 2008, no âmbito do Ano Europeu do Diálogo Intercultural, e no decorrer de uma iniciativa da Câmara Municipal de Vila Real de Santo António, organizou-se entre os dias 11 a 18 de Outubro, a Semana Intercultural do Projecto Escolhas Vivias, na qual Cidália Moreira se apresentou em concerto no dia 11 de Outubro. Presentemente é no Pátio de Alfama que descobrimos Cidália Moreira “em cuja voz transparece a dor nos fados mais sofridos, ou a brejeirice em fados mais alegres”
Finalizamos esta biografia com as palavras de Carlos Albino Guerreiro, retiradas da página pessoal de Cidália Moreira: “Cidália, possivelmente alheia ao efeito teatral da sua voz, não se veste com fantasias. Tenta fazer uma história. A história do fado que se recusa a ser infeliz por um preço qualquer.”

Fonte: Museu do Fado - Última actualização: Setembro de 2009